O clássico ressurge em uma nova dimensão animada
A história de Alice no País das Maravilhas atravessa gerações, idiomas e culturas. Escrita em 1865 por Lewis Carroll, essa obra atemporal já foi adaptada para livros ilustrados, filmes, séries e agora, mais uma vez, encontra um novo formato nas mãos da animação japonesa. Com estreia marcada para 29 de agosto, o filme anime Alice no País das Maravilhas, intitulado Fushigi no Kuni de Alice to -Dive in Wonderland-, propõe uma experiência visual e emocional renovada.
Diferente das versões convencionais, essa adaptação traz como protagonista Rise, uma jovem contemporânea que, guiada por um mistério deixado pela avó, acaba atravessando o limiar do real para mergulhar no excêntrico e imprevisível País das Maravilhas. O encontro com Alice, e toda a trupe de personagens já conhecidos pelos fãs da obra, promete trazer reflexões modernas dentro de um mundo de fantasia.
Filme anime Alice no País das Maravilhas: o que sabemos até agora
Estreia, produção e responsáveis
O filme será lançado nos cinemas japoneses em 29 de agosto de 2025. A animação é assinada pelo estúdio P.A. Works, responsável por obras como Angel Beats! e Shirobako, conhecido por sua qualidade técnica e capacidade de explorar temas humanos com profundidade emocional.
A direção é de Toshiya Shinohara, que já demonstrou sua sensibilidade em obras como A Lull in the Sea e Black Butler. O roteiro fica a cargo de Yūko Kakihara, roteirista de destaque em séries como Blue Box e Urusei Yatsura (2022).
Esse trio criativo já trabalhou junto em The Aquatope on White Sand, e agora volta a colaborar numa releitura que exige tanto delicadeza quanto ousadia. A junção de experiências anteriores com o material-base clássico cria expectativa de uma abordagem poética, atual e acessível ao público moderno.
Enredo: uma jornada de autodescoberta
A protagonista Rise Azumino é uma universitária que se sente deslocada na vida. O sentimento de inadequação, presente na sua rotina, é quebrado quando ela encontra uma carta misteriosa deixada pela avó já falecida. Esse objeto se torna a chave para entrar no País das Maravilhas, onde encontra Alice, dando início a uma jornada cheia de encontros bizarros, dilemas existenciais e questionamentos sobre identidade e destino.
A premissa, embora familiar, ganha frescor ao inserir uma personagem de fora no mundo de Carroll. Essa estrutura narrativa abre espaço para contrastar o absurdo do País das Maravilhas com o racionalismo e insegurança da vida moderna.
Personagens e dubladores: vozes que constroem o fantástico
Elenco principal revelado
O elenco conta com nomes já conhecidos do público japonês, reforçando a proposta de qualidade:
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Nanoka Hara como Rise – conhecida por dublar Suzume em Suzume
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Maika Pugh como Alice – já participou do live-action Cells at Work!
Rise representa a perspectiva moderna e questionadora, enquanto Alice carrega a essência misteriosa e atemporal do universo original. Essa dualidade reforça a proposta do filme em tratar do choque entre realidade e fantasia.
Personagens clássicos repaginados
Além de Alice, o filme apresenta figuras consagradas da obra original:
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Chapeleiro Maluco
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Coelho Branco
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Rainha de Copas
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Gato Risonho
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Tweedle Dee e Tweedle Dum
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Humpty Dumpty
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Lagarta Azul
Esses personagens serão apresentados sob uma nova ótica visual, com design atualizado, mas mantendo o espírito caótico e simbólico da obra de Carroll.
Aspectos visuais e direção de arte: estética como linguagem
Estilo visual do estúdio P.A. Works
O estúdio é conhecido por sua estética detalhada, fluída e emocionalmente expressiva. Com base nos trailers e na imagem promocional divulgada, é possível perceber um uso intenso de cores, texturas e composições simbólicas, que evocam sensações de sonho e fantasia.
A direção de Toshiya Shinohara promete trabalhar com a fluidez narrativa para equilibrar momentos de caos com pausas reflexivas. A escolha por usar uma linguagem visual carregada de metáforas reforça os temas do filme: autoconhecimento, quebra de padrões e transformação.
Alice no País das Maravilhas e sua influência na cultura pop japonesa
Adaptações e referências no anime e mangá
O universo de Alice sempre foi uma fonte rica de inspiração para a cultura japonesa. Diversos animes, como Pandora Hearts, Rozen Maiden e Black Rock Shooter, já exploraram elementos do País das Maravilhas, seja em estética, personagens ou narrativa.
O novo filme se destaca por não apenas se inspirar, mas recontar de forma direta o enredo clássico, acrescentando novos elementos e pontos de vista. A inclusão de uma personagem moderna é um recurso narrativo eficaz para aproximar o espectador da obra e reforçar a identificação com os conflitos apresentados.
Reflexões contemporâneas através de um clássico
Temas como pressão social, sensação de inadequação e busca por propósito estão presentes tanto na vida de Rise quanto no comportamento dos personagens do País das Maravilhas. Esse paralelo mostra que, mesmo com mais de 150 anos, a obra de Carroll continua atual e relevante.
Por que Dive in Wonderland merece sua atenção
O filme Fushigi no Kuni de Alice to -Dive in Wonderland- é mais do que uma adaptação animada. Ele se apresenta como uma obra sensível, profunda e visualmente encantadora, com potencial para dialogar com públicos de todas as idades.
A direção cuidadosa, o roteiro emocional e o uso criativo de elementos clássicos aliados à perspectiva contemporânea de Rise prometem uma experiência que vai além do entretenimento. Trata-se de uma viagem simbólica que questiona o que é real, o que é imaginário e como encontrar sentido no meio do caos.
Se você é fã de animação, literatura ou simplesmente aprecia histórias com camadas de significado, este filme definitivamente deve entrar na sua lista.
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